Ferronato recebe proposta da marina pública



Em apresentações multimídia, criadas em um sistema de slides e animação em realidade virtual, os arquitetos Augusto Portugal e Fernando Brantano apresentaram, na quarta-feira (1º/6), concepção urbanística para a construção de uma marina pública em Porto Alegre. A divulgação do trabalho ocorreu durante reunião ordinária da Comissão Especial de Acompanhamento e Apoio à Copa do Mundo de 2014, realizada na Câmara Municipal, presidida pelo vereador Airto Ferronato (PSB). O projeto é assinado por dois escritórios de arquitetura da Espanha e resulta de um debate travado em 2009 durante jornada de arquitetura realizada na capital gaúcha.
Segundo Augusto Portugal, o projeto prevê a construção de uma marina pública que percorreria a orla do Guaíba a partir da Usina do Gasômetro até o Arroio Dilúvio. Pela proposta, seriam instalados atracadouros para barcos a motor e a vela, oficinas de embarcações e escola náutica. Além disso, para democratizar o uso dos equipamentos o projeto prevê a construção de parques, praças, calçadões e uma grande arquibancada projetada para dentro do rio, capaz de permitir que, mesmo em terra, as pessoas possam enxergar a cidade da mesma perspectiva de quem olha suas formas a bordo de um barco, dentro do Guaíba. O arquiteto disse ainda que a vantagem desse projeto é que ele se interliga a investidores privados que já o conhecem e tem interesse em implantá-lo a curto prazo.


Delineada


Portugal explicou que, ao pesquisar os desenhos do processo de urbanização de Porto Alegre, aprendeu que desde 1908 a cidade vem sendo desenhada em formas geométricas retangulares, sempre levando em conta a presença do rio, Numa dessas pesquisas, ele encontrou o esboço de uma marina, justamente na área do da antiga Ponta da Cadeia, entre a Usina e o Dilúvio. "Pelo que se percebe, quando se pensa uma marina pública em Porto Alegre, esse ponto se mostra como o ideal, pois com o passar dos anos, os planos diretores que vieram sempre mostraram uma marina desenhada ali”, disse Portugal. Segundo o arquiteto, com o crescimento da cidade, qualquer zoneamento que se fizer irá apresentar o ponto equidistante entre o Gasômetro e o começo da Avenida Ipiranga como a área ideal para esse tipo de equipamento.
“Todas as cidades que podem construir instalações para barcos o fazem porque barcos a vela vistos de qualquer ângulo formam um visual de função plástica inestimável”, aposta Portugal. Ele fez questão de salientar que o projeto apresentado não é algo finalizado. É apenas uma ideia inicial a ser discutida com o poder público e a sociedade, levando-se em conta aspectos ambientais e paisagísticos. Um dos méritos do projeto, exemplificou, é apresentar propostas de sustentabilidade como aproveitamento da energia dos ventos e fotovoltaica.Ferronato, se comprometeu a acelerar as conversações entre o grupo privado e o poder público, para ver se torna possível a construção da marina, visando a Copa do Mundo, uma vez que, segundo os arquitetos, um grupo privado da Austrália tem disposição de construir a área em troca de concessão.

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